Pedro
Félix[1]
Pedro Félix |
Era
uma vez um longínquo lugar, que recentemente em um material didático
questionável ficava no Ó do mundo. Lá viviam um bando de bugres
semialfabetizados e caolhos, juntamente com um grupo menor de “experts” vindos
de outros lugares e que tomaram o poder dos ameríndios centrais.
A
terra era quente e com árvores pequenas e retorcidas pelo calor. Mas a fartura
da fauna, flora e da hidrografia não deixavam ninguém morrer de fome.
As
onças andavam no meio das ruas, de prosa com um, ora com outro e de vez em
quando comiam alguns para manter a demografia a contento.
Descobriram
que tinham um vil metal que era cobiçado por outros de além-mar, ou além-morro
de São Gerônimo. O metal virou bem de
troca com as coisas produzidas dentro e fora da terra.
O
povo era considerado feio, falava uma língua mais feia ainda e constantemente
era repreendido pelos forasteiros.
O
lugar por falta de opção de muitos foi se enchendo de gente de todo o tipo, uns
sem eira nem beira e outros de origem incerta. “Afua” de “gente” começou a
chegar e era preciso organizar o terreiro.
Promessas
de organização foram ditas e mal ditas, pelos quatro quantos do lugar.
Uns
céticos, não viam com bons olhos os discursos dos forasteiros, enxergando nele suma
falha de caráter, mas as promessas e propagandas consumiu a muitos, e uns tais
jornalistas, com discursos afiados
convenceram a todos.
Era
preciso mudar a casa, começando com a copa, depois a sala e por fim a cozinha.
Tudo
era feio segundo os de fora. Então era preciso destruir para reconstruir tudo
lindo, moderno.
Contrataram
os melhores empreiteiros do lugar. Mas era preciso acertar algumas coisinhas.
Quem ia pagar por tudo isso? Onde iriam morar as pessoas desalojadas? Como
ficaria o comércio?
Tudo
ficou resolvido depois que alguém deu a ideia de procurar o santo graal, que
ficava no centro da terra.
Lá
morava a fada “maldrinha” que tudo resolvia em caso de caos. De imediato ela
pegou sua varinha mágica BNDES e lançou o encanto sobre todos.
E
as obras começaram! E também a desordem, o descumprimento dos acordos, as
“afinidades” entre os experts e os empreiteiros, e as obras intermináveis. Os
caolhos desesperados vendo o lugar todo esburacado,e cheios de dívidas, pediram
Help ao Monte Olimpo.
O
deus Toffoli antevendo a balburdia geral,lançou um raio sobre esta miserável
terra e, paralisou momentaneamente o deus
caos que insistia em comer todos os
recursos desse tão longínquo lugar, construído por gente tão honesta e que
insiste em ser roubada por um bando de desavergonhado.
Esperem
os próximos capítulos.
[1] Pedro
Felix, Historiador e ficcionista. Fonte: http://folhamax.com/opiniao/o-raio-do-deus-toffoli/9952
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