Airton Reis[1]
Quase oitocentos anos da história francesa perpetuada nos
anais da humanidade pelo conhecimento universal. Mais do que uma Vila elevada à
categoria de cidade no Brasil imperial. Mais do que o nome de uma diocese
nascida sobre os princípios da secularidade fraternal. Mais do que a retomada
de um nome valoroso além do cunho institucional. São Luís de Cáceres, nome
patronal. São Luís de Cáceres, denominação imortal.
Mobilização municipal em audiência pública recentemente realizada. Município de
Cáceres em alvorada cidadã ampliada. Município de Cáceres em respeito ao
passado glorioso legado de geração em geração. Município de Cáceres em urgente
redenção mais do que econômica ou social. Município de Cáceres, outrora “Vila
Maria do Paraguai” (1778), e, depois elevada à categoria de cidade, “São Luís
de Cáceres” (1874). Finalmente, alterada por decreto lei estadual (26/10/1938),
para Cáceres, simplesmente.
Município de Cáceres, eterna princesinha do Paraguai nos meandros do Pantanal.
Município de Cáceres, solene e soberana guardiã da fronteira internacional.
Município de Cáceres, em augusto e respeitável marco territorial. Município de
Cáceres, expoente relegado do crescimento regional no Oeste do Brasil Central.
Município de Cáceres, em pleito legislativo preponente justo e legal. Município
de Cáceres, tal qual como o município de Vila Bela da Santíssima Trindade*,
caminhando de encontro aos primórdios do nome original.
Muito mais do que a perda de um nome grandioso no decorrer do
Estado Novo repleto de exacerbada arbitrariedade. Talvez, a perda de um nome no
esmorecer da fé cristã excludente em liberdade. Certamente, a perda de um nome
no limiar do desenvolvimento político deveras conduzido com igualdade.
Anos de uma fragilizada administração pública fragmentada em
ideal. Anos de um mesmo isolamento político e de uma continuada exclusão
governamental. Anos de uma República Federativa de olhos fechados para a
autêntica urgência da integração nacional.
Cáceres, doravante mais do que uma princesinha sem trono e sem príncipe consorte no desposar da sua mão. Cáceres, doravante mais do que a matriz de uma universidade estadual consolidada pelo ensino, pela pesquisa e pela extensão. Cáceres, resultante da máxima popular conduzida pela força da união.
Cáceres, doravante mais do que uma princesinha sem trono e sem príncipe consorte no desposar da sua mão. Cáceres, doravante mais do que a matriz de uma universidade estadual consolidada pelo ensino, pela pesquisa e pela extensão. Cáceres, resultante da máxima popular conduzida pela força da união.
Cáceres, doravante irmanada numa mesma missão institucional:
Voltar a ser por força de lei (estadual) a nossa abençoada “São Luís de
Cáceres”, numa clara e determinada manifestação de cidadania democratizada
traduzida pelo mesmo reclame municipal.
Enquanto isso, todos nós filhos e filhas, amigos e amigas de
Cáceres, vigilantes e atentos diante do aguardo de tal propositura parlamentar
inerente à Assembléia Legislativa do Estado de Mato Grosso, aonde tal intento
popular, de fato e de direito se estabelecerá. Quem nos representará? Assim
seja. São Luís nos guarde, nos guie e nos proteja. Amém!
Tradicional Festival de Pesca Internacional de Cáceres-Mt |
Marco do Jauru |
Catedral de São Luiz de Cáceres e o Marco do Jauru |
O Marco do Jauru é um monumento
histórico, localizado no município de Cáceres
em Mato Grosso.
Feito em Lisboa, de
pedra lioz, o marco foi trazido desmontado ao Brasil, sendo montado e plantado
à margem do rio Jauru, em 18
de janeiro de 1754 pelo
1º Governador e Capitão-General da Capitania de Mato
Grosso, Dons Antônio Rolim de Moura Tavares.[1]
A peça arquitetônica, seccionada em duas
partes, portuguesa e espanhola, foi erguida com a finalidade de demarcar a
fronteira territorial, estabelecida pelo Tratado de Madri, entre os domínios espanhóis e portugueses na América do
Sul, e selou o fim das disputas territoriais entre os dois países na
América.
Em 2 de
fevereiro de 1883, pela iniciativa do
então Tenente-Coronel Antônio Maria Coelho, o marco foi levado
para o Largo da Matriz, hoje Praça Barão do Rio Branco, em frente à Catedral de
São Luís, em Cáceres.1 Em Maio 2009, após oito anos de
investigações de uma equipe multidisciplinar, liderado pelo historiador Sandro
Miguel da Silva Paula, sargento do Exército, com a participação de geógrafos,
historiadores, cartógrafos do Exército, engenheiros e professores da área de
pesquisa, foi achado o sítio original do marco, situado a 544m da boca do rio
Jauru, seguindo as indicações do matemático Francisco José Lacerda e Almeida e
do astrônomo Antonio Pires da Silva Pontes Leme, que entre 1.780 e 1.790
realizaram uma expedição de Vila Bela da Santíssima Trindade (MT) a Capitania de
São Paulo.
O Marco do Jauru é
conhecido como o símbolo da soberania brasileira na fronteira oeste. É
justamente dessa região que vem a maior parte do 6º contingente do batalhão do Exército Brasileiro presente na Missão das
Nações Unidas para a estabilização no Haiti, apelidado de
"Força Jauru", em homenagem ao marco.
[1] Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Marco_do_Jauru
<consultado em 07 de Setembro de 2013 – as 08h44min>
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