EcoDebate
Para
fortalecer as vozes dos grupos contrários à construção da usina de Belo Monte,
o Movimento Xingu Vivo para Sempre realizará um encontro de entidades,
movimentos sociais, ribeirinhos, pescadores, acadêmicos, ambientalistas e
trabalhadores rurais e urbanos, entre 13 e 17 de junho. O encontro foi batizado
de Xingu+23, em referência ao 1º Encontro dos Povos Indígenas do Xingu,
realizado em 1989, que marcou o início da resistência a Belo Monte. O cenário
será a comunidade Santo Antônio (a 50km de Altamira, no Pará), que já está
parcialmente desocupada pelas obras da usina.
O
discurso a favor da usina passa pela segurança energética que sua construção
permitiria, "necessária para o crescimento e desenvolvimento do
País", segundo o BNDES, financiador do projeto orçado em R$ 26,5 bilhões.
Por outro lado, os impactos socioambientais e as falhas na aprovação e
implantação do projeto têm gerado denúncias de violação de direitos humanos na
construção da hidrelétrica.
Estão
previstos o alagamento perene de 640 km2, a desocupação de 486 hectares no perímetro
urbano da cidade de Altamira, a inundação de cerca de mil imóveis rurais, a
vazão drasticamente diminuída em 100 km do rio Xingu, e muitos outros impactos
socioambientais. O número de atingidos pelas obras de Belo Monte e suas
conseqüências pode chegar a 40 mil, além das 24 etnias indígenas que habitam a
bacia do Xingu.
Além
do Xingu+23, realizado no Pará, o Movimento Xingu Vivo organizará duas
atividades na Cúpula dos Povos. A primeira será no dia 19 de junho
(terça-feira), com o objetivo de debater as usinas hidrelétricas como falsa
solução para a crise ambiental do planeta. Já no dia 21 de junho
(quinta-feira), a entidade realizará um encontro de trabalho para organizar
ações locais, estaduais e internacionais contra Belo Monte.
Fonte:
www.ecodebate.com.br
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