ÂNGELA CHAGAS
Direto do Rio de Janeiro
O pesquisador da Universidade das Nações Unidas, Pablo Munoz, afirmou
nesta sexta-feira que o crescimento dos investimentos em educação impulsionou o
resultado do Brasil no Relatório de Riqueza Inclusiva, um novo indicador para
medir o desenvolvimento dos países divulgado pela ONU durante a Rio+20. No
entanto, segundo ele, houve retrocesso em termos de proteção ambiental.
O relatório, elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente (Pnuma) e pela Universidade das Nações Unidas sobre Mudança Ambiental
Global, é mais amplo que o Produto Interno Bruto (PIB) e o Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH), pois leva em conta o capital fabricado, o capital
humano e o capital social.
Segundo o estudo, que analisou os dados de 20 países num período de 19
anos, o Brasil apresentou crescimento positivo de 0,9% quando levado em conta a
união dos três fatores (humano, ambiental e econômico). Porém, quando computado
apenas o capital natural, o saldo é negativo. "O que impulsionou o bom
resultado do Brasil foram os investimentos significativos em educação e outros
fatores sociais, mas quando analisamos a situação ambiental, o país teve um
desempenho baixo", afirmou ao destacar que, das 20 nações, apenas o Japão
apresentou resultado positivo no quesito ambiental.
Separando os três fatores, o Brasil cresceu 48% em termos de capital
humano, 8% no capital fabricado e teve um decréscimo de 25% no capital natural.
De acordo com o pesquisador, os problemas do País estão relacionados,
principalmente, à degradação das florestas. Questionado sobre o peso de cada
componente na definição do novo indicador, ele disse que todos têm valoração
semelhante, mas que é preciso levar em conta que "o capital natural é o
único que não se pode recuperar".
Rio+20
Vinte anos após a Eco92, o Rio de Janeiro volta a receber governantes e sociedade civil de diversos países para discutir planos e ações para o futuro do planeta. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorre até o dia 22 de junho na cidade, deverá contribuir para a definição de uma agenda comum sobre o meio ambiente nas próximas décadas, com foco principal na economia verde e na erradicação da pobreza.
Vinte anos após a Eco92, o Rio de Janeiro volta a receber governantes e sociedade civil de diversos países para discutir planos e ações para o futuro do planeta. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorre até o dia 22 de junho na cidade, deverá contribuir para a definição de uma agenda comum sobre o meio ambiente nas próximas décadas, com foco principal na economia verde e na erradicação da pobreza.
Composta por três momentos, a Rio+20 vai até o dia 15 com foco principal
na discussão entre representantes governamentais sobre os documentos que
posteriormente serão convencionados na Conferência. A partir do dia 16 e até 19
de junho, serão programados eventos com a sociedade civil. Já de 20 a 22
ocorrerá o Segmento de Alto Nível, para o qual é esperada a presença de
diversos chefes de Estado e de governo dos países-membros das Nações Unidas.
Apesar dos esforços do secretário-geral da ONU Ban Ki-moon, vários
líderes mundiais não estarão presentes, como o presidente americano Barack
Obama, a chanceler alemã Angela Merkel e o primeiro ministro britânico David
Cameron. Ainda assim, o governo brasileiro aposta em uma agenda fortalecida
após o encontro.
Sociedade civil tenta incluir temas no
texto final da Rio+20
Sob impacto do rascunho do documento da Conferência das Nações Unidas
sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), representantes da sociedade civil
intensificaram neste domingo os debates, na tentativa de incluir temas
considerados prioritários no texto final. Os participantes dos debates
paralelos se concentram nos esforços para que suas recomendações cheguem às
mãos dos 115 chefes de Estado e de governo, nos próximos dias 20 a 22.
Para a sociedade civil, é preciso redefinir os caminhos trilhados pelos
governos para garantir que o desenvolvimento sustentável seja um instrumento de
combate à pobreza. Nas sugestões, os grupos da sociedade civil querem
estabelecer propostas para os novos padrões de consumo e produção nos vários
países e medidas que assegurem a preservação das florestas.
A porta-voz da Organização das Nações Unidas (ONU) na Rio+20, Pragati
Pascale, considerou inovador esse modelo de debate que estimula a mobilização
da sociedade civil. "É fundamental que exista participação, e é um traço
importante da conferência", disse ela. Apesar de exaltar a iniciativa,
Pascale alertou que "provavelmente será tarde demais para que as
recomendações feitas pelos grupos produzam alguma alteração no documento final
da conferência".
As recomendações da sociedade civil deverão ser agregadas ao documento,
que está sendo finalizado pelos negociadores em reuniões, e que deve ser
concluído até segunda-feira. O texto preliminar já aponta alguns pontos de
convergência, mas os principais debates ainda dependem de negociações para
superar divergências principalmente entre os países mais ricos e as nações mais
pobres.
Os diálogos ocorrem paralelamente às negociações das delegações. Em cada
grupo, os participantes têm a tarefa de transformar em três as dez propostas
que foram sugeridas e votadas, para cada tema, em uma plataforma na internet
que funcionou até poucos dias antes da conferência. Mais de 60 mil pessoas, de
193 países, participaram do processo de consulta digital.
No caso do debate sobre florestas, por exemplo, o tópico que recebeu
maior adesão dos participantes foi o que recomenda a restauração, até 2020,
de150 milhões de hectares de terras desmatadas ou degradadas. Em relação a um
novo padrão de consumo e produção, a expectativa é pela criação de mecanismos
fiscais verdes, que estimulem essas práticas. A educação em nível global foi o
que os participantes elegeram como principal ferramenta para erradicar a
pobreza e atingir o desenvolvimento sustentável.
Rio+20
Vinte anos após a Eco92, o Rio de Janeiro volta a receber governantes e sociedade civil de diversos países para discutir planos e ações para o futuro do planeta. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorre até o dia 22 de junho na cidade, deverá contribuir para a definição de uma agenda comum sobre o meio ambiente nas próximas décadas, com foco principal na economia verde e na erradicação da pobreza.
Vinte anos após a Eco92, o Rio de Janeiro volta a receber governantes e sociedade civil de diversos países para discutir planos e ações para o futuro do planeta. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorre até o dia 22 de junho na cidade, deverá contribuir para a definição de uma agenda comum sobre o meio ambiente nas próximas décadas, com foco principal na economia verde e na erradicação da pobreza.
Composta por três momentos, a Rio+20 vai até o dia 15 com foco principal
na discussão entre representantes governamentais sobre os documentos que
posteriormente serão convencionados na Conferência. A partir do dia 16 e até 19
de junho, serão programados eventos com a sociedade civil. Já de 20 a 22
ocorrerá o Segmento de Alto Nível, para o qual é esperada a presença de
diversos chefes de Estado e de governo dos países-membros das Nações Unidas.
Apesar dos esforços do secretário-geral da ONU Ban Ki-moon, vários
líderes mundiais não estarão presentes, como o presidente americano Barack
Obama, a chanceler alemã Angela Merkel e o primeiro ministro britânico David
Cameron. Ainda assim, o governo brasileiro aposta em uma agenda fortalecida
após o encontro.
Uma coletiva de imprensa realizada nesta quinta
discutiu a situação do documento final da Rio+20. Segundo o diplomata Nikhil
Seth, chefe do Departamento de Desenvolvimento Sustentável da ONU, 28% dos
trabalhos estariam concluídos. Também participaram da mesa Pragati Pascale,
Porta-Voz oficial da Rio+20, e Nikhil Chandavarkar, chefe de comunicação da
conferência.
Fonte: Portal Terra:
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