Wilson
Santos[1]
Wilson Santos |
Mato Grosso é o terceiro maior Estado brasileiro em extensão
territorial, tem área superior a 903.366 km2, e já foi maior que o atual Estado
do Pará.
Todas as alterações de tamanho ocorreram no século XX, através de três
divisões, uma reincorporação e uma cessão de terras.
Na segunda metade do século XVII (1650 em diante) e início do século
XVIII, nossa região era visitada esporadicamente por desbravadores e curiosos
que cortavam o território brasileiro de Leste a Oeste, numa marcha de
reconhecimento do interior da Colônia.
Quando da fundação de Cuiabá em 1719, toda esta região pertencia à
capitania de São Paulo e Minas de Ouro, que em 1720 foi separada pelo governo
português e nosso território passou à novel capitania de São Paulo, inclusive, tendo
Cuiabá como capital durante 18 meses (1726-1728).
Mato Grosso é elevado a condição de Capitania Real (porque pertencia a
Portugal e não a donatários privados) em 1748, separando-se da Capitania de São
Paulo. "Atualmente, existem no Congresso Nacional, vários projetos que
propõem novas divisões em Mato Grosso"
Mato Grosso já nasceu imenso, gigante, com mais de 1,4 milhão de
quilômetros quadrados, tamanho que se manteve até 1943.
Foi nos governos do presidente Rodrigues Alves (1902- 906) e de Totó
Paes em MT (1903-1906) que houve a primeira alteração no tamanho do Estado,
quando cedemos 1.000 km2 à Bolívia, atendendo exigência da República vizinha,
na ampla negociação diplomática que culminou com a compra do Acre pelo Brasil,
em 1903, materializado no Tratado de Petrópólis.
A segunda redução do território mato-grossense ocorreu em 1943, com o
presidente Getúlio Vargas, criando seis territórios federais no Brasil, dois em
terras mato-grossenses (Guaporé e Ponta Porã).
O Guaporé vingou e em 1956 passou a chamar se Rondônia (Rondon, o
homenageado, vivia no Rio de Janeiro) e Ponta Porã teve vida curta, apenas 3
anos e foi reincorporado a Mato Grosso.
A última divisão culminou com a criação do Estado do Mato Grosso do Sul,
feita pela Lei Complementar nº 31, de 11 de outubro de 1977, com 357.145 km2 de
terras, exclusivas de Mato Grosso.
Atualmente, existem no Congresso Nacional vários projetos que propõem
novas divisões em Mato Grosso, de autoria do deputado Wellington Fagundes
(estados do Araguaia e de Mato Grosso do Norte), dos ex-deputados Rogério Silva
(Estado do Mato Grosso do Norte) e Fernando Gabeira (Território do Pantanal),
do senador Mozarildo Cavalcante (Estado do Araguaia) e do ex-senador José
Roberto Arruda (estados de Aripuanã e de Mato Grosso do Norte).
[1] É professor de História – Fonte: http://www.folhamax.com.br/opiniao/as-divisoes-de-mato-grosso/11274
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