Paula
Cervelin Grassi[1]
Nas artes e na cultura, jovens homens e
mulheres protagonizam diversas manifestações e linguagens artísticas. Cidades
de norte a sul do país são envolvidas diariamente pela criatividade e
diversidade cultural da juventude. É nos
espaços e tempos do lazer e da cultura que os jovens convivem entre si e
experimentam a riqueza do universo cultural, além de construírem identidades
coletivas e individuais.
Trata-se, no entanto, de realidades não
acessíveis a toda a juventude. As desigualdades socioeconômicas, ao influenciar
a prática e a produção cultural juvenil, limitam o acesso a esses bens e
espaços, especialmente no caso dos jovens de baixa renda. As relações de
mercado, ao mediar o acesso ao lazer e as artes, exigem do jovem poder
aquisitivo para consumir os bens culturais. Tal lógica, além de restringir a
noção de cultura, empobrece a capacidade do jovem de criar e construir os seus próprios
produtos culturais.
Maiores discriminações sofrem as jovens
mulheres, especialmente na participação em atividades esportivas. A tradicional
divisão de gênero no âmbito do trabalho, com as mulheres ocupando o espaço
privado e os homens o público, aliado a um padrão determinado de cultura
corporal, faz que a prática do futebol, por exemplo, seja quase exclusividade
masculina.
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