"A busca por conhecimentos e pela
reciclagem deverá ser praticamente obrigatória"
Os dias passam e
com ele vem surgindo novas tecnologias no mesmo ritmo da evolução da própria
humanidade. Novas necessidades são notadas, até independente da situação
econômica das pessoas ou mesmo da sua classe social, que de imediato adotam e
delas se utilizam. Com isso tudo, surgem incômodos, diferentes dos vírus e dos
spans. São os lixos de origem eletrônica. Que nada mais é que a sobra ou
descarte do que já a pouco foi muito útil, como rádios, componentes de TV,
câmeras, mp3 player, notebooks, celulares e diversos eletrodomésticos. Isso
tudo somados e descartados, recebem o nome de lixo eletrônico, ou e-lixos.
Nem é preciso dizer
que no futuro teremos graves problemas, pois na realidade os problemas já são
mais que evidentes nas nossas casas. Já estamos todos cientes de que nada ou
muito pouco foi ou está sendo feito em busca de soluções. Particularmente não
gosto de estar citandos números de pesquisas, mas vale salientar alguns para
que o assunto marque e salte aos olhos da população que está faltando mais
cobranças de todos e muito mais atenção dos nossos representantes.
Pois, o lixo
eletrônico que é produzido pela humanidade representa 5% dos descartes. Ou 50
milhões de toneladas, que são rejeitados pela população do mundo ao longo do
ano. No Brasil esses rejeitos representam 2,6kg por habitante, ou seja, 1% do
que o mundo lança fora. Sendo que do total, por volta de 40% é descarte de
eletrodomésticos, que não possuem componentes tóxicos. Já no caso das baterias
e celulares que possuem componentes nocivos, passam de 150 milhões, que todo
ano viram sucatas.
Já a indústria
continua avançando, e cada dia, expandindo seus negócios com novos produtos
sendo introduzidos no mercado, na mesma velocidade com que se tornam obsoletos.
E dos 80 milhões de celulares que entram no mercado, 2% deverão ter descarte de
maneira correta. O restante, 98%, deverão ser guardados em casa ou jogados sem nenhum
critério. Só no Brasil 10 milhões de computadores entram no mercado anualmente,
e com seu descarte, nada certamente é reciclado.
E, o descarte de
alguns desses lixos eletrônicos, principalmente de celulares, baterias e
computadores, que podem causar danos a saúde pública e a animais, por
carregarem em alguns componentes, algumas substâncias nocivas, como o chumbo, o
cádmio, o berílio, o mercúrio, deve seguir normas claras e rigorosas
estabelecidas pelo governo federal e distribuídas para os municípios se
orientarem. Pois, essas substâncias de componentes eletrônicos, podem causar
desde problemas cerebrais até doenças do fígado, que podem surgir com náuseas,
perda de coordenação e da memória, e nos casos mais graves, podem até levar ao
coma e morte.
Apenas para uma breve
ilustração, um computador possui os seus componentes formados por 32% de metais
ferrosos. E 23%, plásticos. Já os metais não ferrosos, 18%. Vidros 15% e 12%
placas eletrônicas (ouro, platina, prata).
Pois bem, avaliando
nossa situação atual, fica claro que toda a nossa gente está de certo modo
exposta e um quanto vulnerável aos efeitos negativos dessa evolução. Então, por
não se preocupar já, com a educação da população sobre as formas essenciais do
descarte do lixo eletrônico? É necessário providencias imediatamente! E também,
porque não se iniciar orientações sobre o acondicionamento adequado para esses
resíduos não reutilizados, e nem com o seu descarte correto? Nos dias que
seguem, as autoridades ambientais devem colocar em suas pautas de discussão,
cada vez mais, esses assuntos.
E elevando a sua
preocupação com os municípios, para que propiciem um local para o armazenamento
provisório desses descartes, com toda atenção e cuidado que requer, até a
devolução dos componentes desmontados, aos respectivos responsáveis
(fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e as
empresas que fazem manejo dos resíduos sólidos e que atualmente não são
responsabilizados pela destinação ambientalmente incorreta).
Pois é quem mais conhece
ou quem mais tem o dever de conhecer o problema que está se alastrando pelo
mundo, que merece tomar frente na tal responsabilidade compartilhada. E assim
deve ser feito com tudo que possa gerar resíduo tóxico e que possa afetar a
saúde pública e a vida no nosso planeta.
É necessário que cada
prefeitura possua como orientar e conduzir de forma inteligente e técnica, o
descarte desse tipo de lixo, preocupando com a saúde pública e com a vida de
cada cidadão, bem como com a vida animal nele existente.
Os dias passam e com
ele vem surgindo novas tecnologias e no mesmo ritmo devem se levantar as
pessoas mais esclarecidas, para cobrar das autoridades e também para auxiliar
na orientação de toda a população. A busca por conhecimentos e pela reciclagem
deverá ser praticamente obrigatória nesses casos.
[1]
É engenheiro Florestal em Mato Grosso escreve
todas as quintas para o site NOPODER - Email: saviobruno@terra.com.br – fonte: http://www.nopoder.com.br/materias/30842/11/CIDADES-E-E-LIXOS.html
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