quinta-feira, 2 de maio de 2013

Juventude, Cultura e Lazer


Paula Cervelin Grassi[1]
Nas artes e na cultura, jovens homens e mulheres protagonizam diversas manifestações e linguagens artísticas. Cidades de norte a sul do país são envolvidas diariamente pela criatividade e diversidade cultural da juventude.  É nos espaços e tempos do lazer e da cultura que os jovens convivem entre si e experimentam a riqueza do universo cultural, além de construírem identidades coletivas e individuais.
Trata-se, no entanto, de realidades não acessíveis a toda a juventude. As desigualdades socioeconômicas, ao influenciar a prática e a produção cultural juvenil, limitam o acesso a esses bens e espaços, especialmente no caso dos jovens de baixa renda. As relações de mercado, ao mediar o acesso ao lazer e as artes, exigem do jovem poder aquisitivo para consumir os bens culturais. Tal lógica, além de restringir a noção de cultura, empobrece a capacidade do jovem de criar e construir os seus próprios produtos culturais.
Maiores discriminações sofrem as jovens mulheres, especialmente na participação em atividades esportivas. A tradicional divisão de gênero no âmbito do trabalho, com as mulheres ocupando o espaço privado e os homens o público, aliado a um padrão determinado de cultura corporal, faz que a prática do futebol, por exemplo, seja quase exclusividade masculina.
O compromisso do estado com a promoção de políticas públicas de cultura, esporte e lazer deve tornar-se cada vez mais prioritário. Garantir a juventude meios de produção cultural e acesso a cultura e ao lazer é  fortalecer sua potencialidade de criatividade, expressão e cidadania. 


[1] Representante da Pastoral da Juventude no Conselho Nacional de Juventude

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