terça-feira, 13 de março de 2012

História dos Imigrantes no Brasil - Portugueses, Japoneses, alemães, Italianos

Reprodução
Além de africano e índio, o Brasil também é um país europeu e até oriental. Durante a República Velha chegaram quase 4 milhões de imigrantes estrangeiros. Uma das primeiras providências do governo republicano foi decretar que todos os imigrantes estrangeiros que nada declarassem, tornar-se-iam cidadãos brasileiros, depois de seis meses de residência no país. Mais um estímulo para a imigração.
A grande maioria veio antes de estourar a Primeira Guerra Mundial (1914). Depois que ela acabou (1918) vieram novas levas. A partir de 1930, quando Getúlio assumiu a presidência, a imigração diminuiu muito. Uma das causas foi a crise mundial de 1929, a outra foi o desinteresse do governo brasileiro em receber mais gente de fora.O Sudeste e o Sul ficaram com quase 95% dos imigrantes, sendo que metade deles foi para São Paulo (que hoje é o estado com a maior população do país). O maior número era de italianos. A maioria rumou para os cafezais, mas alguns se dedicaram a trabalhar nas cidades, inclusive nas indústrias que começaram a surgir na época.
Imigrantes  Italianos
Ao contrário do século XIX, quando a maioria dos imigrantes vinha do norte da Itália (área mais industrial), a partir de 1901 começaram a chegar mais sulistas (calabreses napolitanos). Pobres como um rato de igreja, eram atraídos pelo incentivo do governo p
aulista. Mas chegavam aqui e se decepcionavam. Grande parte resolveu voltar ou tentar melhor sorte no Uruguai e na Argentina.
O governo italiano, preocupado, baixou o Decreto Prinettí, dizendo que só poderia emigrar para o Brasil quem pagasse a própria passagem (sem receber ajuda brasileira). Os portugueses vieram particularmente para o Rio de Janeiro e São Paulo. Como poucos buscavam os cafezais, não tinham passagem paga pelo governo.
Geralmente, traziam algumas economias e abriam pequenos negócios (mercearias, açougues, padarias). Mas também chegavam rapazes, só com a cara e a coragem, trabalhavam nas pequenas empresas de seus compatriotas. Principalmente no Rio de Janeiro, houve conflitos. Os brasileiros acusavam os jovens imigrantes portugueses de "roubar empregos" porque "aceitavam" trabalhar por menores salários. Bandos de malfeitores, aos gritos de "mata galego!", invadiam os armazéns dos portugueses para quebrar o que tivesse pelo caminho, incluindo os dentes do proprietário e os narizes dos funcionários. Felizmente, essas manifestações de intolerância não foram longe demais.
A imigração espanhola ocupou o Rio, Minas Gerais e São Paulo, onde, no período de 1906 a 1920, eles vieram em quantidade ainda maior do que os italianos. Chegavam com famílias e buscavam pequenas cidades do interior. 
Imigrantes  Japoneses
Quem anda pela capital paulista nos dias de hoje sabe da importância dos japoneses. O grosso da imigração japonesa começou a partir de 1910. Alguns foram para o Pará, catar castanha, mas a grande maioria foi mesmo para São Paulo. Ficaram um pouco nos cafezais e depois se dedicaram à agricultura em pequenas propriedades (fornecendo legumes e hortaliças para as cidades) e ao comércio.
A partir de 1920 começaram a chegar muitos judeus, principalmente os que nasceram em países da Europa Central e Oriental. Especialmente após 1933, fugidos da perseguição nazista, vieram em grande quantidade.
Neste caso, ao contrário dos imigrantes em geral, que eram trabalhadores braçais, muitos judeus tinham instrução superior, eram professores universitários, intelectuais, pintores e escritores.

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